Preço dos combustíveis na bomba será sentido gradativamente, diz sindicato
Presidente do Sindicombustíveis-DF afirma que redução depende do "fim do estoque" das distribuidoras

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, disse que o preço real dos combustíveis para os consumidores da capital, com o reajuste da Petrobras, será, em média, de R$ 0,9 para gasolina e de R$ 0,39 para o diesel. No entanto, de acordo com o empresário, os valores não chegarão ao consumidor de imediato, pois as distribuidoras ainda vão repassar os combustíveis em estoque com o preço anterior.
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"É importante lembrar que nós não compramos da Petrobras, nós compramos das distribuidoras. E, obviamente, as distribuidoras têm um estoque de dez dias aproximadamente. Então, ela tem um produto no seu estoque muito mais caro do que o que ela vai comprar amanhã. Então, ela precisa desovar o seu estoque. Aí, aos poucos, elas vão repassando essa queda de preço", disse Tavares em entrevista ao jornalista Leonardo Cavalcanti, no Poder Expresso, do sambafoot desta 3ª feira (16.mai).
A Petrobras anunciou nesta 3ª o fim da Paridade de Preço de Importação (PPI) para definir os preços dos combustíveis no Brasil. A regra foi criada no governo de Michel Temer, em 2016, e acompanhava as oscilações internacionais, não havendo intervenções do governo para garantir preços menores e mais competitivos.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, anunciou também a redução do preço do gás de cozinha (GLP) em mais de 21%, na gasolina, em R$ 0,40 por litro no preço médio de venda para as distribuidoras e R$ 0,44 por litro no preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras. Os valores passarão a valer a partir de 4ª feira (17.mai),
Contudo, de acordo com Paulo Tavares, a conta ainda leva em consideração o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e demais tarifas.
"Quando o consumidor compra a gasolina, ele já sabe que está pagando R$ 1,22 de ICMS e mais R$ 0,70 de PIS, Cofins e a Cide. Ou seja, quase R$ 2 de impostos. Para se ter realmente uma queda de preço é preciso também ter reforma tributária", argumentou.
Confira a entrevista completa:
