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O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 0,3% para 0,8% em 2022. A alta vai na contramão do resto do mundo, já que as previsões do FMI foram reduzidas em diversos países devido à guerra na Ucrânia.

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Por outro lado, os preços que chegam ao consumidor devem continuar aumentando. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), usado para medir a inflação do Brasil, subirá 8,2% neste ano. Além disso, o FMI estima que o desemprego chegará a 13,7% em 2022.

Economia mundial

O Banco Mundial e o FMI destacam que os conflitos no Leste Europeu poderão reduzir o crescimento global em 2022 para 3,2%, dos 4,1% iniciais. Para o presidente do Banco Mundial, David Malpass, uma das esperanças é o aumento da oferta de recursos que, caso se concretize, poderia causar queda nos preços. 

Segundo Malpass, a economia global está em retomada após a pandemia e os problemas de suprimentos que criaram escassez e aumento na inflação. Várias economias sofreram recessão ao mesmo tempo com a perda de capital e empregos. De acordo com o presidente da instituição, "o tamanho do financiamento e o papel de instituições como os parlamentos nessas questões requerem uma abertura e perspectiva diferentes".

Já a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, FMI, Kristalina Georgieva chama atenção para os 146 países que terão baixa nas projeções de crescimento para 2022. Juntas, as nações representam 86% do PIB global.

Para ela, o maior perigo, neste contexto, é a inflação. Segundo Georgieva, é preciso observar como essas condições financeiras mais apertadas "afetarão ainda a recuperação da covid-19, prestando atenção a um eventual aprofundamento das forças econômicas".