Intenção de consumo das famílias registra o melhor junho desde 2020
Medidas de suporte à renda e avaliação mais positiva do mercado de trabalho influenciam o resultado

A intenção de consumo das famílias brasileiras registrou o melhor resultado para o mês de junho desde o início da pandemia de covid-19. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador alcançou 80,2 pontos no mês, acumulando um avanço de 10,1% no primeiro semestre do ano.
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Na comparação anual, há o destaque para o crescimento de 13,3 pontos na intenção de consumo das famílias com ganhos de até 10 salários mínimos, que atingiu 77,3 pontos, em junho, fazendo com que elas se aproximassem mais da parcela de famílias com ganhos acima de 10 salários mínimos, que alcançou 94,3 pontos.
De acordo com a análise da CNC, o aumento pode ser atribuído às medidas de suporte à renda e a uma avaliação mais positiva do mercado de trabalho. No geral, o indicador apontou que os homens registraram maior intenção de consumo do que as mulheres, com uma diferença de 6,4 pontos.
Ao analisar o impacto da redução do desemprego nas intenções de consumo, pode-se perceber que os consumidores com menor grau de instrução, que não concluíram o segundo grau, estão mais confiantes. Segundo a economista Catarina Carneiro, o nível de consumo atual nesse grupo registrou o maior avanço anual, de 26% (57,3 pontos).
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Além disso, as perspectivas mais positivas para o emprego, principalmente dos consumidores com menos de 35 anos (110,8 pontos), incentivaram o otimismo das famílias, levando o percentual de famílias que pretendem aumentar o consumo a avançar para 25,6%, após quatro quedas seguidas.
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