Governo escala novatos para embate com a oposição em comissões da Câmara
Líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, afirma que está tentando aumentar o "enfrentamento"

Para tentar impedir a atuação dos bolsonaristas, a liderança do governo na Câmara dos Deputados tenta fazer com que parlamentares recém-chegados participem das comissões permanentes - colegiados responsáveis por analisar projetos, promover audiências públicas e fiscalizar as ações do Executivo na Casa.
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O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, faz oposição ao governo Lula em cinco comissões. Uma delas, que será presidida pela deputada federal Bia Kicis (DF), é a de Fiscalização Financeira e Controle. Nesse colegiado, os aliados do ex-presidente Bolsonaro podem chamar ministros de Lula para prestar esclarecimentos sobre questões financeiras.
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, afirmou que está tentando aumentar o "enfrentamento". "Estamos reforçando com o nosso (time). MDB está reforçando, PSD está reforçando (a CFFC) para ter uma frente lá para enfrentar. Vai ter bastante confusão", diz.
Novo na Casa, o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) integra a comissão de Segurança Pública, comandada pelo PL. Ele afirma que ainda não há uma tática estabelecida, mas que a ideia é "barrar" as ações dos deputados do PL.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) integra dois colegiados que serão presididos pela bancada do PL, o de Fiscalização e Controle e Saúde. Segundo o parlamentar, a participação dos petistas irá dar base ao governo Lula nas comissões. "Estão chamando deputados da base do governo para que eles façam parte dessas comissões", afirma.
Como noticiou o sambafoot, trinta comissões foram instaladas nesta 4ª feira (15.mar) após intensas negociações entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e os líderes dos partidos.
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