ONU aprova resolução para investigar opressão política na Rússia
Medida acontece após denúncias de leis contra direitos humanos e fechamento forçado de organizações

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta 6ª feira (7.out), uma resolução para nomear um especialista independente para investigar denúncias de opressão política na Rússia. O texto, que teve 17 votos a favor, seis contra e 24 abstenções, foi apresentado por quase 50 países, incluindo a Ucrânia.
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Essa é a primeira vez que o Conselho determinou um relator especial para examinar o histórico de direitos humanos de um dos países-membros denominados como "P5", que detém assentos permanentes na Casa.
A medida acontece após Moscou implementar leis rígidas em relação à repercussão da guerra na Ucrânia, como a de questionar a ação das forças militares, que pode resultar em até 15 anos de prisão. Além disso, diversos grupos de direitos humanos foram forçados a fechar, incluindo o Memorial, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz nesta manhã.
Pelas redes sociais, o embaixador britânico na ONU em Genebra, Simon Manley, comemorou a resolução, que foi aprovada no aniversário de 70 anos do presidente russo, Vladimir Putin. "Não esquecemos daqueles que lutam pela liberdade em casa enquanto Putin reprime o povo russo e realiza a opressão no exterior", disse.
The UN Human Rights Council votes to establish a Special Rapporteur on human rights in Russia
? Simon Manley (@SimonManleyFCDO) October 7, 2022
Happy 70th Birthday, President Putin pic.twitter.com/vNnT8hHqoR
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Por outro lado, o embaixador da Rússia na ONU em Genebra, Gennady Gatilov, disse que a moção contém um "fluxo de alegações falsas". "Este projeto de resolução é mais um exemplo de como os países ocidentais estão usando este conselho para alcançar seus objetivos políticos", afirmou ele.
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