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O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, voltou a comentar sobre a rebelião do grupo paramilitar Wagner contra o governo russo. Em declaração nesta 2ª feira (26.jun), o político afirmou que, mesmo que os lados tenham entrado em acordo, é preocupante haver instabilidade interna no país, uma vez que trata-se de uma potência nuclear.

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"Todo mundo está ciente do que está acontecendo na Rússia. É importante entender que isso [a rebelião contra o Kremlin] é uma fissura no poder militar russo e está afetando seu sistema político. E, certamente, não é uma boa coisa ver uma potência nuclear como a Rússia em situação de instabilidade política", disse Borrell, em Luxemburgo.

Em críticas à invasão na Ucrânia, o diplomata afirmou ainda que o grupo paramilitar incentivado pelo Kremlin está começando "a morder" o presidente russo, Vladimir Putin. "O monstro está agindo contra o seu criador. O sistema político está mostrando suas fragilidades. Isso é uma importante consequência da guerra na Ucrânia", disse.

O impasse entre o grupo Wagner e o Kremlin começou na 6ª feira (25.jun), quando os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia. Segundo o então líder,Yevgeny Prigozhin, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes.

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A rebelião durou cerca de 24h, sendo encerrada após um acordo entre Prigozhin e o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko - parceiro de Putin. O líder dos mercenários, que auxiliam na invasão na Ucrânia, explicou que o Kremlin aceitou retirar o processo criminal que havia sido aberto contra ele, além de descartar possíveis punições aos combatentes envolvidos na rebelião.