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O ceratocone atinge, por ano, cerca de 150 mil pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas esse número pode ser bem maior. Segundo a oftalmologista Maria Eduarda Parreira, muita gente não sabe que desenvolveu a doença. 

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"Muitas pessoas vão em busca de uma cirurgia refrativa, para corrigir o grau, e saem com o diagnóstico. Às vezes, estão com ceratocone muito inicial e nem sabem que têm."

De acordo com a médica, o principal fator é genético, mas o hábito de coçar e esfregar os olhos também afeta a córnea. "Coçar, comprimir, apertar o olho pode desenvolver o ceratocone, mesmo que a pessoa não tenha nenhum histórico familiar. Os pacientes que têm muita alergia, rinite alérgica têm maiores chances de desenvolver ceratocone. Eles vão começar a perceber que o grau está aumentando muito rápido ou que estão trocando de óculos muito rápido." 

Durante o podcast Viva Mais, Viva Bem, Maria Eduarda explicou para a jornalista Viviane Costa que a doença não tem cura, é progressiva, mas tem tratamento. 

"Se a gente consegue diagnosticar no comecinho esse ceratocone não evolui. Mas se o paciente demora a ter o diagnóstico, esse ceratocone pode evoluir e chegar a um transplante de córnea." O alerta é também para os pais, as telas podem desencadear doenças oculares porque causam ressecamento da vista.

A especialista também falou sobre os cuidados, em qual idade é mais comum e quais os tratamentos. O podcast já está disponível no canal do Youtube do sambafoot e no Spotify para você ouvir na hora e onde você quiser.