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Pelo menos 12 capitais brasileiras já iniciaram a vacinação de crianças entre 3 e 5 anos contra a covid-19, desde a recomendação do uso da coronavac pelo Ministério da Saúde.

Em Belém, a possibilidade de imunizar as gêmeas Liz e Luma, de 3 anos, chegou como um alívio para a família. As meninas são criadas pelos avós desde que a mãe morreu de covid. "Elas são 24 horas vigiadas, não sai mesmo entendeu? Levou minha filha, que é mãe delas, e hoje eu estou aqui com as crianças, para a gente levantar essa bandeira, né?", conta o avô das bebês, Carlos Aguiar.

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No entanto, a procura pelo imunizante, na capital paraense, ainda está aquém do desejado. Assim como em Natal, onde a vacinação das crianças desta faixa etária começou nesta 3ª feira (19.jul).

O pequeno Kaleb foi o único da manhã no posto de saúde. "Uma vacina leve, né? Que está ideal para crianças, para imunização, e eu aconselho todos os pais, e as mães, que tragam seus filhos para se vacinar", diz a tia do menino, Leda Cavalcanti.

Em São Paulo, a prefeitura anunciou a vacinação de crianças de 3 a 4 anos com deficiência ou comorbidade, além de indígenas, a partir de 4ª feira (20.jul). Um total de 15 mil pessoas. Quem estiver fora destes critérios pode entrar na lista de espera nas unidades de saúde.

Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, os estados têm até o momento mais de 1 milhão de doses da coronavac para o novo público; o que ele garantiu ser o suficiente para começar a imunização. Ainda de acordo com a pasta, o Brasil conta hoje com mais de 5 milhões de crianças nesta faixa etária.

O secretário alega que, em até 30 dias, o país deve ser abastecido com mais doses do imunizante. "A gente já tem algumas opções, tá? O Butantan é uma opção. O consórcio Covax Facility é uma outra opção. Então, a gente está avaliando as opções... em que sentido? De que forma a gente consegue fazer a vacina de forma mais rápida? Que chegue à ponta sem que onere tanto o nosso orçamento do ministério, que a gente já fez compras grandes", afirma Daniel Pereira.

A partir da avaliação por estados e municípios, o Ministério da Saúde também deve fazer um remanejamento entre quem tem mais e quem tem menos estoque para que todos possam iniciar a imunização de crianças. A recomendação aos municípios é aplicar a primeira dose e já separar a segunda para que o intervalo de 28 dias seja obedecido.

Em nota técnica, publicada nesta 3ª feira, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação entre o público infantil. O documento orienta que, primeiro, sejam imunizadas crianças imunocomprometidas. A pasta também destaca que a coronavac pode ser aplicada junto a outros imunizantes do calendário vacinal.