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Tecnologia

TV 3.0 e áudio imersivo: os benefícios e desafios de implementar nova tecnologia

Membro de um estudo sobre os recursos que serão integrados na próxima geração de TV no país, Almir Almas conversou com o sambafoot durante a SET Expo

Giovanna Colossi11/08/2023 às 13:37

Desde 2021, o Ministério das Comunicações coordena, com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), um estudo desenvolvido por universidades brasileiras e parceiros da indústria e do setor de radiodifusão sobre tecnologias que serão integradas à próxima geração da TV Digital Terrestre do Brasil, a TV 3.0. As tecnologias candidatas foram propostas por mais de 20 organizações internacionais diferentes.

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Almir Almas, co-coordenador do Lab Teste de Áudio da TV 3.0, que participou da pesquisa, conversou com osambafoot durante a SET Expo 2023, o maior evento de tecnologia e negócios de mídia e entretenimento da América Latina. Ele falou sobre som imersivo, tecnologia que permitirá ao telespectador a sensação de estar no ambiente que está sendo assistido e está prevista na TV 3.0.

"Nós pesquisamos como esse áudio pode se espacializar. Como a tecnologia permitiria a espacialização desse áudio, uma vez que, o áudio que temos hoje na TV 2.1 (stereo) ou no cinema (7.0 e 5.1) permite uma imersão, mas o áudio espacializado, o áudio imersivo, leva o espectador a uma imersão muito maior no conteúdo que ele está assistindo. E, claro, essa imersão depende também da imersão visual. O que testamos é como que as tecnologias existentes, que estavam concorrendo para virar padrão da TV 3.0 brasileira, poderiam nos atender nessa imersão, ou nas possibilidades de uso desse áudio na televisão brasileira", explicou Almir.

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Quando questionado sobre os desafios da adoção dessa nova tecnologia, o docente destacou a abordagem gradual necessária devido ao legado tecnológico e à inclusão de toda a população. Ele comparou essa transição à mudança da TV analógica para a TV digital, um processo que começou em 2007 e deve terminar somente agora.

"Nós não podemos mudar tudo de uma vez só, mudar todo o nosso parque tecnológico de uma vez só seria impossível, porque deixaríamos de fora grande parte da população. Então temos que pensar qual que é o legado que conseguimos trabalhar, realizando essas transformações aos poucos", avaliou Almir. "Tivemos uma etapa de 10 anos chamada de simulcast, em que se transmitia tanto a TV digital quanto a televisão analógica, para que as pessoas não fossem desligadas imediatamente do que elas têm. Numa população igual à brasileira, como você vai obrigar que a pessoa compre um televisor com toda a tecnologia de agora, desse momento, uma vez que assistir tv é um direito constitucional?"

O sambafoot, pelo segundo ano consecutivo, estabeleceu um estúdio na feira e entrevistou os principais palestrantes e participantes do evento, com algumas das conversas sendo transmitidas ao vivo no nosso canal do YouTube.